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Festival Política

O Festival Política regressa, de 2 a 4 de maio, ao Centro de Juventude de Braga, tendo a "Intervenção" como tema central. São três dias de cinema, performances, música, humor, exposições, visitas guiadas e debates centrados na defesa do sistema democrático e na promoção da cidadania, intervenção cívica e direitos humanos.

Partilhamos aqui algumas informações sobre o festival.


PROGRAMA 2 DE MAIO 

(Auditório) “Lost” Itália | 17h30 – performance

Pensar sobre a História é pensar connosco próprios. Um olho vira-se para o mundo exterior, o outro observa as profundezas do interior. Esse, esse é o Olho Negro. Num ciclo interminável de interior e exterior, de ser, não ser, tornar-se, sobreviver, os intérpretes movem-se através do espaço deste espetáculo. Seguem caminhos definidos e, pouco a pouco, perdem-se na procura da Memória, enquanto esta se desenrola, inexoravelmente.

Autores e performers: Ginevra Balestrini, Alessandro Battaglia, Jonas Gabriel Beretta, Francesco Calamia, Aya Chibate, Elisa D'Angelo, Sofia D'Angelo, Simone Frisenda, Filippo Sciolette; mentora: Francesca Assi; supervisão artística: Alessandra Anzaghi; produção: delleAli Teatro. Esta performance integra o RESISTANCE! – Youth Festival of Modern European History.

Com interpretação para Língua Gestual Portuguesa (LGP).

19h cinema

(Auditório) "A sala de professores" de lker Çatak, 98’ (Alemanha)

Carla Nowak, uma jovem professora de Educação Física e de Matemática do ensino secundário, apresenta-se para a sua primeira aula numa nova escola. O que mais diferencia Carla dos seus novos colegas é o seu idealismo. Mas uma série de furtos por resolver azeda o ambiente entre o pessoal docente. Quando um estudante turco é acusado e chamado de forma humilhante ao diretor, Carla decide investigar. Com a ajuda de uma câmara oculta e para surpresa de todos, expõe o ladrão: a discreta secretária do pessoal, Friederike Kuhn. Estreado no Festival de Cinema de Berlim, nomeado para o Óscar de melhor filme internacional e considerado um dos cinco melhores filmes internacionais de 2023 pelo National Board of Review, “A sala de professores” foi o vencedor dos Prémios Lux. 

Filme exibido em parceria com o Gabinete do Parlamento Europeu em Lisboa. 

Filme legendado em português. 

21h30 performance

(Auditório) "Notícias de última hora" – Portugal

O que é documental ou ficção? O que mudou com o 25 de abril? Neste espetáculo mediático o público é convidado a debater que direitos fundamentais prometidos pela democracia estão ainda por cumprir. 

Autores e performers: Diana Silva, Filipa Cardoso, Jael Cohen; mentores: Nuno Preto e Andreia Martins; vídeo: Susana Lage, Diana Silva, Filipa Cardoso e Jael Cohen; produção: Teatro Circo de Braga EM, S.A.. Esta performance integra o RESISTANCE! – Youth Festival of Modern European History.

Com interpretação para Língua Gestual Portuguesa (LGP).


PROGRAMA 3 DE MAIO

17h performance

(Auditório) "Resistance Redux" – Países Baixos

A performance apresenta uma interpretação visual, musical e física da vivência dos Molucanos nos Países Baixos. Em quinze minutos, os jovens atores guiam o público através desta história e o desenvolvimento de como percebemos esta história. O passado dos Molucanos ainda é sensível no presente, mesmo que muitos dos cidadãos holandeses não estejam totalmente conscientes disso. Os jovens fizeram uma pesquisa sobre este passado e falaram com Pessoas Holandesas-Molucanas da primeira, segunda e terceira gerações, sendo a última da mesma idade deles. Conversas muito diferentes quer em termos do contexto como foram recolhidas, quer em níveis de emoção. Muitas destas histórias e os sentimentos que as acompanham eram novos para os participantes do projeto, que tentaram compreender os sentimentos de uma população inteira que não era ouvida. Após esta pesquisa, procuraram descobrir como relacionar-se com esta informação e estabeleceram a sua própria conexão pessoal com uma história que agora percebiam ser partilhada. Tudo isto levou os jovens e o seu mentor a criar uma performance enérgica, influenciada por elementos culturais Molucanos, que revela uma grande variedade de perspetivas. 

Autores e performers: Olivier Schulenburg, Thirza Nijsink e Nutsa Lomsadze; mentora e encenadora: Fiona Kelatow; supervisão artística: Chris de Vries; produção: Het Stichting Theaterschip. Esta performance integra o RESISTANCE! – Youth Festival of Modern European History.

18h30 – performance

(Auditório) "You are what you eat" Eslovénia

Este espetáculo é um verdadeiro compêndio de rebeliões. Desde as mais banais até às grandes críticas no contexto da antiga Jugoslávia. Está repleto tanto de rebeldes como daqueles que não se rebelam. E também daqueles que resistem tanto que a rebelião deixa de fazer sentido. Ou, simplesmente, mostra que realmente somos aquilo que comemos - literal e metaforicamente. 

Autores e performers: Ajda Gramc, Anika Katušić Kocbek, Iza Lesjak, Zigi Omerzel, Laura Prajs, Eva Remi Reponj, Tia Rozman, Elis Seyto e Maruša Freya Voglar; mentores Anja Pirnat, Tatjana Peršuh, Isa Gardien e Nina Pertot Weis; supervisão artística: Anja Pirnat; produção: Gledališče Glej. Esta performance integra o RESISTANCE! – Youth Festival of Modern European History.

Com interpretação para Língua Gestual Portuguesa (LGP).

21h30 – música

(Auditório) Fado Bicha mata o Fado, com amor

O que é o fado? Esta é uma pergunta feita ad nauseam às pessoas da comunidade do fado pelas próprias pessoas da comunidade do fado, num afã de perpetuar a romantização do fado como entidade artística sem definição possível (e, logo, controlada de dentro para dentro) e intrinsecamente nacional.

Uma resposta possível poderia ser: é um gênero musical urbano português de influência afrobrasileira, com génese em Lisboa no início do século XIX e caracterizado por melodias simples e melancólicas e um liricismo de expressão emocional.

Uma resposta mais complexa leva-nos pela história deste território a que chamamos Portugal nos últimos dois séculos, cruzando o império colonial que Portugal foi com a queda da monarquia e a ditadura fascista.

O que é que isto faz do fado hoje em dia?

Fado Bicha trazem um concerto intimista, de voz e guitarra elétrica, em que revisitam fados antigos e tradicionais e nos falam da história do fado e de histórias dentro do fado, evocando Hermínia Silva, Pedro Homem de Mello ou António Ferro, entre muites outres. Dar voz ao que ficou por contar, ao que significa tradição e o que ela necessariamente exclui para se impor. Nomear como forma de justiça poética – o passado convive com o presente e Fado Bicha tenta cozinhar um futuro em que toda a pluralidade humana possa ter lugar à mesa.

Com interpretação para Língua Gestual Portuguesa (LGP).


PROGRAMA 4 DE MAIO

15h – performance

(Auditório) "When Spring is Over" – República Checa

Os eventos históricos em torno da Primavera de Praga em 1968 são o ponto de partida para esta performance. Desde o início, refinámos e estreitámos este tema dramaturgicamente, e a pesquisa sociológica e preparação dos mentores tiveram um ponto de partida mais específico: o ato de resistência de Jan Palach, um estudante universitário que se suicidou por autoimolação em janeiro de 1969, em protesto contra a ocupação pelas tropas do Pacto de Varsóvia. O resultado é uma performance de cerca de vinte minutos que utiliza e cita opiniões autênticas resultantes de uma pesquisa sociológica e reflete igualmente as atitudes dos participantes – os atores. Captura metaforicamente os sentimentos de libertação e liberdade associados ao movimento em torno da Primavera de Praga. Assume a personalidade de Jan Palach e o significado do seu ato na época, durante a Revolução de Veludo antes do colapso da União Soviética (1989), e agora. Olha para o seu feito sob diferentes ângulos e faz uma pergunta que é um excelente ponto de partida para uma discussão intergeracional: Será que Jan Palach era realmente um herói? Qual é o seu legado? O que estaríamos dispostos a sacrificar pela liberdade e democracia?

Autores e performers: Klára Pavlištíková, Klára Müllerová, David Zbořil, Kateřina Szopová, Sára Voleníková, Sára Stoklasová, Daniel Dudek, Johana Ferfecká, Tereza Schwanová, Zlata Palkovská, Karolína Balážová e Vendula Holčáková; mentores: Radana Otipková e Vít Roleček; supervisão artística: Daniela Jirmanová; produção: National Moravian-Silesian Theatre. Esta performance integra o RESISTANCE! – Youth Festival of Modern European History.

Com interpretação para Língua Gestual Portuguesa (LGP).

16h30 performance

(Auditório) "Revolution is a sexually transmitted infection" França

Cinco jovens mulheres discutem a educação e a herança que receberam das gerações anteriores em termos de sexualidade e passagem para a idade adulta, e decidem questioná-las para inventar a sua própria forma de resistência a este legado. Autores e performers: Pauline Auzuret, Ninon Cluzeau, Sandrella Esso, Judith Hassine, Lugh Müller e Elsa Trehen; mentores: Laurent Berger; produção: Paul Valéry University Montpellier 3. Esta performance integra o RESISTANCE! – Youth Festival of Modern European History.

Com interpretação para Língua Gestual Portuguesa (LGP).

18h cinema + conversa

(Auditório) "Onde está o Zeca?", de Tiago Pereira estreia nacional

A música é emocional, toca nos sentidos e no coletivo, depois pode-se intelectualizar e racionalizar o seu impacto, o seu discurso. Qualquer canção intervém num espaço público, pois qualquer manifestação nesse espaço é sempre um ato político. Quem faz música e canções além de autor tem o seu contexto, o seu percurso, as suas origens e as suas ideias. O que se procura aqui é escutar esses autores e autoras e divulgar a sua voz fazendo uma análise coletiva. José Afonso marcou um tempo mas continua ainda presente. Há ainda esta ideia muito portuguesa de um rosto, de um indivíduo que marcou com a sua visão e forma de fazer completamente diferente, que pode voltar e salvar isto tudo, mas não seremos todos nós capazes de o fazer todos os dias? Onde está o Zeca? Onde estamos nós? “Onde está o Zeca?” é uma coprodução A música portuguesa a gostar dela própria e do Festival Política. 

Filme legendado em português. Conversa com o realizador e convidados com interpretação para Língua Gestual Portuguesa (LGP).

21h30 – humor

(Auditório) "O que importa é participar" – espetáculo de Hugo van der Ding

O que importa, como sabemos, é participar. Ainda que, por vezes, não levemos a taça para casa. A História de Portugal está cheia de participações especiais. Como daquela vez que os padres se passaram com o rei e o puseram a andar (1245). Ou quando o povo de Lisboa mandou o bispo de Lisboa em voo pela janela da Sé (1383). Ou aquela vez em que as fiandeiras do Porto se revoltaram contra o rei, que era espanhol (1629). Ou quando, no Brasil, o Zumbi dos Palmares lançou a luta contra os portugueses (1695). Ou quando os trabalhadores das obras do Palácio de Mafra cruzaram os braços até que lhes pagassem o que deviam (1732). Ou quando os pescadores de Olhão se revoltaram contra as tropas dos franceses (1808). Ou quando um grupo de mulheres do Norte quis à força enterrar uma velha numa igreja (1846). Ou quando os tipógrafos de um jornal fazem a primeira greve fabril em Portugal (1849). Ou quando umas curandeiras burlonas chinesas quase derrubaram a República (1911). Ou quando andou tudo à batatada pela falta de batatas (1917). Ou quando, contra a ditadura do Estado Novo, se assaltou um barco (1961), um avião (1961) e um banco (1967). Terminando tudo, faz agora cinquenta anos, num dia inicial inteiro e limpo (1974).

Com interpretação para Língua Gestual Portuguesa (LGP).

23h15 – cinema

(Auditório) "Will you come with me?", de Derya Durmaz, 2’ (Alemanha)

Uma pequena história passada em Berlim. A cidade que aparenta ser um território de liberdade, dá uma bofetada na cara no momento das relações mais íntimas. 

“Fragments”, de Marie-Lou Béland, 9’ (Canadá)

Vozes de mulheres levantam-se para testemunhar momentos de violência sexual. São fragmentos de experiências que traçam um retrato social. 

“Nadie se enamora en un cine porno”, de Varinia Perusin, 9’ (Argentina)

  1. é um homem adulto que frequentou cinemas de filmes pornográficos de Mar del Plata durante a maior parte de sua vida. Após uma experiência reveladora, reavalia a forma como se relaciona com a sociedade. 

“Maghreb’s hope”, de Bassem Ben Brahim, 24’ (Argélia, Brasil, Marrocos e Tunísia)

Retratos das experiências de pessoas queer do Magrebe, nomeadamente da Líbia, Argélia, Tunísia e Marrocos. São pessoas que, corajosamente, quebraram tabus sociais em torno do seu género e sexualidade, desafiando os sistemas legais, sociais e familiares. 


Todas as informações podem ser consultas em: https://festivalpolitica.pt/

CENTRO DE JUVENTUDE DE BRAGA

Localizado no centro da cidade, a poucos minutos a pé do centro histórico de Braga, o Centro de Juventude é um espaço polivalente que oferece um alojamento versátil e confortável, adequado a qualquer faixa etária.

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